Aconselhar: “Acho que você deveria fazer...” “Por que você não fez assim”. A não ser que a pessoa venha a te pedir um conselho, aconselhar pode ser um bloqueio ou quebra de empatia.
Competir pelo sofrimento: “Isso não é nada, espere até ouvir o que aconteceu comigo...”. Nesse caso, competir gera uma ideia de que estamos menosprezando o sofrimento alheio, como se o que ela está passando não é “grande coisa”.
Consolar: “Não foi sua culpa, você fez o melhor que pôde”. Dessa forma estaríamos fragilizando ainda mais a pessoa e tirando dela a responsabilidade por seus atos. Sem ter a verdadeira noção da responsabilidade que a pessoa tem sobre seus atos, ela pode não conseguir lidar com os desafios que a vida lhe proporciona.
Contar sua história: “Isso me lembra uma ocasião ...”. Acontece muito, pois quando ouvimos algo, nossa mente nos faz lembrar de ocasiões que aconteceram conosco, mas naquele momento, a necessidade da pessoa é ser ouvida e não escutar. Após escutar o relato, e caso seja lhe solicitado você poderá contar sua história. Interromper um relato contando uma história parecida é uma quebra de empatia.
Positivar: “Vai ficar tudo bem, bola para frente...”. As pessoas precisam “viver o luto”, quando expressamos esse tipo de comunicação, é como se estivéssemos aconselhando a jogar a sujeira para baixo do tapete.
Mudar de assunto: “Vamos sair pra jantar hoje?”. Mudar de assunto é demonstrar total desinteresse sobre o que a pessoa está falando. Caso não queira falar sobre algo, devemos ser autênticos e deixar claro que não dá para ter aquela conversa no momento, mas mudar de assunto quando alguém quer ser escutado, com certeza bloqueia a empatia.
Entrevistar: “Quando foi que isso começou?”. Pedir detalhes do ocorrido bloqueia a empatia, pois isso traz a atenção para você, é como se dissesse: “eu vou te escutar, mas do meu jeito." Naquele momento o importante é ouvir o relato do outro.
Educar: “No fundo é uma boa lição para não fazer mais isso”. “Isso pode acabar sendo uma experiência muito positiva para você, se você fizer isso ou aquilo...”. É sabido que os problemas e desafios da vida nos ensinam a agir e entender o que nos acontece. Mas o outro pode não querer escutar isso de você. A não ser que essa pessoa te veja como alguém habilitado para aconselhar dessa forma (pai, mãe, mentor, professor), você estará apenas bloqueando a conexão entre vocês.