25 Mar
Como ser empático?

O primeiro passo é querer a conexão com o outro, é preciso dirigir seu interesse para o outro. Tornando-nos aptos a compreender o outro, nos interessamos pela sua existência e seu destino. Importante que seja um interesse genuíno que nada se confunda com curiosidade, vantagem pessoal ou poder. 

Para desenvolver empatia por alguém é preciso desprender-se de qualquer tipo de pensamento em relação a ele, qualquer julgamento e preconceito e tentar senti-lo de um modo mais direto e intuitivo. Antes de formar conceitos é fundamental a disposição de buscar as qualidades interiores em detrimento às aparências.

É um passo além de ser simpático ou carismático. É ser espontâneo em sabedoria e na arte de surpreender. É uma pessoa que transfere sua experiência sem pedir nada em troca. Os empáticos dão vida à vida. São sempre lembrados como pessoas insubstituíveis. Fazem total diferença no nosso dia a dia. 

Os empáticos são capazes de superar o pessimismo e o mau humor, além de superar a necessidade diária – e estúpida – de estar acima dos outros sempre. São pessoas sempre afetuosas. São verdadeiros pacificadores. Na presença deles, imperam serenidade e calmaria. Temos de aprender com eles! São lentos para condenar e rápidos em compreender. São pessoas maduras e sabem que a “verdade” está sempre longe do ideal. 

Minha verdade pode não ser a sua, e vice-versa. Ser empático é saber entender a falha do outro, deixar as mágoas de lado e compreender que somos todos imperfeitos. Seu objetivo não é ganhar discussões, e sim conquistar pessoas. São tão surpreendentes que não têm medo de pedir desculpas. Ao contrário, pessoas que não possuem empatia colocam o status social acima de tudo, escondendo suas emoções e seus medos nas sombras de uma vida falsa e vazia. 

Mas como poderíamos melhorar nossa capacidade de sermos mais empáticos e, assim, jogar luz à nossa vida e aos que nos rodeiam? Primeiramente, não espere nada de ninguém. Ouça mais e fale menos. Aja com respeito e bondade com as pessoas, e caso seja ofendido ou não retribuído de alguma forma, entenda que o problema não está em você. 

É perda de tempo ficar remoendo situações desagradáveis. Não perca suas energias acusando as pessoas, exaltando um erro alheio ou se gabando dos seus acertos perante os outros. A vida é mais do que isso. Se você se irrita facilmente com pequenas coisas no dia a dia, saiba que reformas internas são necessárias em busca de atitudes mais empáticas. 

O escritor Augusto Cury dissertou muito bem sobre o tema: “Nunca exija o que os outros não podem dar. No momento em que uma pessoa erra, falha, se equivoca, não consegue abrir o leque da inteligência para dar respostas lúcidas. Exigir lucidez nos focos de tensão é uma afronta aos direitos humanos”. 

Seja humilde e não viva baseado em fatores externos. Seja você mesmo e compreenda que todos nós estamos vivendo em busca de aprendizado interior, e só assim poderemos lidar com o próximo.