Julgamento – Nossa sociedade atual tem quase como um mantra a frase: “Não julgue”. E a CNV também diria: “Não julgue”. Mas há complemento para essa frase. Não julgue o outro, julgue a si mesmo. Nesse caso seria o contrário dos neurônios espelhos. Na comunicação não violenta, nós nos avaliamos o tempo todo, mas em relação ao outro, nós observamos, sem avaliar.
O erro de julgar alguém é que, muito provavelmente, você vai deixar a desejar no mesmo aspecto em que você está julgando a si. O ser humano é capaz de errar em tudo. Marshall Rosenberg diz que ao julgarmos alguém, diminuímos a probabilidade de que essa pessoa ouça a mensagem que desejamos lhe transmitir. Em vez disso, é provável que eles a escutem como crítica, e assim, resistam ao que dizemos.
Indignação moral – Na comunicação de um fato que nos incomoda, é normal ficarmos indignados moralmente. Em algumas ocasiões, ficamos mais indignados até que a vítima do fato. Mas essa indignação moral não ajuda a vítima. A indignação pode causar mais dor à pessoa que está lhe relatando algo que a feriu. O caminho correto é o da solidariedade e empatia.
Condenação – Sentenciar alguém por uma atitude errada também não ajuda ninguém. Nem mesmo a vítima. O senso de justiça está dentro de cada ser humano. É natural julgar, se indignar e condenar uma atitude ruim, mas nós precisamos controlar esse senso e deixar para os verdadeiros responsáveis fazê-los, pois a nossa condenação pode “matar” aquele que a ouve.