Nada adianta insistirmos em aconselhar quem não solicitou ajuda, quem não nos procurou para falar especificamente sobre aquele ponto específico. Por mais que façamos de bom grado, buscando auxiliar quem desejamos o bem, será em vão.
As pessoas mudam quando estão dispostas para tal, buscam ajuda quando estão prontas a encarar aquilo há anos escondido, mascarado, fingido inexistir. Somente aqui haverá mudança, nesse ponto um conselho será ouvido e quiçá resultará em algo positivo.
Todavia, vale ressaltar a respeito dos limites das relações humanas, mencionar sobre invadir o espaço, o campo, a energia do outro e preservar a nossa. Não palpitemos onde não fomos chamados, parece simples e básico, mas não é.
É comum pegarmos opinando, aconselhando, falando sobre o outro sem sequer nos ter sido solicitado para tal. Resguardemos nossa energia; ajudar, sim, mas não nos intrometer, não invadir o espaço individual de cada ser, não interromper, interferir no processo de terceiros - que não nos emaranharmos livremente por aí.
Fiquemos por perto, passando sinais claros de que estamos ali, prontos para ajudar; de que estamos equilibrados, trabalhando em nós e dispostos a compartilhar o pouco que adquirimos, partilhar nossas singelas experiências que talvez possam ser úteis. É o que cabe a nós, assim, quando nos for solicitado, estaremos com nossa energia preservada, inteiros e totalmente hábeis e aptos a prestar, de fato, uma ajuda.