Tudo ao nosso redor é muitas vezes tido como um problema. Um problema é geralmente interpretado como um desafio, uma dificuldade, algo a ser superado. Por fim, estamos nos cercando de dificuldades e sempre precisando superar tudo, até coisas que deveriam ser simples do nosso dia a dia.
Sair de casa e esquecer as chaves do trabalho é um problema. (Por Cristo, é só voltar, buscar as chaves e pronto!). Se está chovendo, problema. Se está ensolarado, problema. Ou está muito frio ou está muito quente. Problema, problema, problema.
Guarda-chuva, casaco, calça, ar-condicionado, roupas mais frescas. Porque não partir direto para a solução ao invés de se arrastar entre um problema e outro? Porque acumular problemas ao invés de solucioná-los?
Um pouco de racionalidade, categorizar os problemas, aquilo de resolução instantânea, nem problema deveria ser, já deveria ter sido solucionado e pronto. Aquilo de resolução mais demorada, mas que cabe a mim, legal, atribua como uma tarefa a ser realizada.
Agora, aquilo que não está ao meu alcance, que não cabe a mim, seja de resolução imediata ou não: por qual razão eu perderia tempo com isto? Se eu não tenho capacidade técnica, conhecimento, ou responsabilidade em resolver isto, ué, bola pra frente!
A vida é muito mais simples e fácil do que muitas vezes aparenta ser. Não estou sendo arrogante, prepotente e estúpido, muito menos utópico achando que não existem problemas e desafios. É óbvio que sim! O que estou tentando dizer é que a quantidade deles não é tanta quanto imaginamos.
Enxergar a vida sob outro prisma traz muito mais serenidade, paz e disposição para viver. O prisma das soluções, da proatividade, do fazer, do agir, sempre levando em conta a ciência das minhas responsabilidades, do que está ao meu alcance.