Frequentemente nos desapontamos por não encontrarmos algo que estamos procurando, sejam novos amigos, novas oportunidades de trabalho, novos relacionamentos, novas moradias, novos cursos, técnicas. A lista pode ser imensa, e há algo em comum com toda frustração ao nos depararmos com o não surgimento daquilo tão esperado: estarmos procurando no lugar errado.
Sim, não devemos procurar fora aquilo que precisa primeiramente se ajustar dentro, existe esse cenário. Mas também, há o apego e a dificuldade em se reconhecer os ambientes em que estamos, não há como colher maçã de uma bananeira.
Estando em ambientes onde se predomina a exaltação do ego por meio da aparência, dificilmente conheceremos alguém verdadeiro. Ao nos depararmos em meio a um ciclo onde se consome álcool excessivamente, será desafiador encontrar alguém com autorresponsabilidade.
Esse processo ajuda a, aí sim, olharmos para dentro e vermos se talvez nós não estejamos em falta com a verdade, em falta com a autorresponsabilidade, será mais fácil analisar nossa própria vida ao analisarmos onde pisamos. Quando nos sentimos presos aos locais e ciclos que frequentamos, é um sinal de algum(ns) trabalho(s) internos a serem realizados.
Ficar procurando maçã em bananeira só nos afundará mais ainda no problema, não só agravando os já existentes, mas trazendo novos, pois abalará nosso emocional e mental cada vez mais. É preciso termos consciência e sabedoria para respirar, dar um passo para trás e fazermos essa análise.
Não se trata de jogar tudo para o alto, simplesmente abandonar e pronto. Trata-se de um período de introspecção, de reflexão, de trazer alguns "não's" à nossa vida, de entendermos a distância entre o que queremos para nós e o que estamos de fato tendo no momento.
Assim, seremos capazes de, ao menos tentar, traçar uma rota e caminharmos um pouco menos inconscientes nesta direção. Estaremos menos sujeitos a nos enganarmos e cairmos ainda mais fundo na ilusão do ego.
Que possamos nos aproximar do mundo real cada dia mais. E nada é mais real do que o amor e a verdade, por mais que dor e raiva possam parecer, estes são ilusões e distorções criadas e acolhidas por nós mesmos, com essa compreensão conseguimos soltar e atingir a paz interior, cultivando amor e compartilhando-o a cada respirar de nossas existências.