02 Aug
Interferência do Externo

Uma certeza temos: independente do que façamos, haverá interferências externas. Isso foge do nosso controle, pessoas ao nosso redor sempre tentarão se meter, opinar, sugerir esse ou aquele caminho. Podemos apenas decidir o impacto que isso terá sobre nós.

Quando começamos a mudar, tomar novos rumos, quebrar o que nos foi imputado, pré-escolhido por outros como o "melhor" para nós, é natural que, por medo, aqueles à nossa volta comecem a palpitar e tentar podar estas ideias anormais. Cabe a nós seguirmos firmes, entendendo que o normal é repetir o mesmo caminho e que isso nem sentido faz, pois se todos fossem repetindo padrões, nada nunca mudaria, não é mesmo?

Seriam sempre as mesmas famílias fazendo as mesmas coisas, ocupando as mesmas posições sociais. E é exatamente isso que o medo instiga: inércia. Enaltece a reatividade e boicota a proatividade. Aniquila a criatividade, mistura vulnerabilidade com insegurança.

No fim, é o tal "sistema" lutando para manter a sua engrenagem como se encontra, tudo dentro do dito normal. Porém, é curioso, pois basta o primeiro indivíduo seguir firme o seu caminho de anormalidade que, pouco a pouco, ao seu redor mais e mais seres vão se encorajando e se permitindo serem também, anormais. Criarem também seus próprios caminhos, realizarem os seus sonhos de alma, por mais obstáculos que possam parecer existir no caminho.

Basta uma alma desbravar o caminho do coração, da conexão com a alma, da quebra de paradigmas, da rejeição pelas pré-escolhas feitas por terceiros para o seu próprio futuro. A partir disto, curiosamente quem mais buscou podar no início, ao ver alegria, leveza, amorosidade em quem está um pouco mais de tempo se aventurando no novo, buscará se aproximar e se permitir também, pouco a pouco, abrir-se ao novo.

Que tenhamos coragem, disciplina e persistência ao percorrermos novos caminhos, em direção ao nosso preenchimento de alma. E que nos sobre compaixão, paciência e sabedoria, para sermos farois de luz àqueles ao nosso redor. Pois, aquele que mais critica a Verdade do amor, é o maior necessitado dele dentro de si. Aquele mais dominado pelo medo, que mais luta por manter padrões antigos e velhos caminhos, é quem mais sente a ausência de luz e amor em seu interior.