Aqui é preciso um olhar atento já que nem sempre observamos o que de fato motiva nossas ações. É preciso identificar quais necessidades estão conectadas aos nossos sentimentos: confiança, compreensão, estabilidade, inclusão, respeito, bem-estar… Por exemplo: “Quando você grita, me irrito. Gostaria de me sentir respeitado”.
Observe também a necessidade do outro. Por que ele age de tal maneira? Quais necessidades deseja ver atendidas? Como já vimos, rotular, criticar e julgar os outros são expressões alienadas e trágicas de nossas necessidades. Quando um companheiro diz: “Você tem trabalhado até tarde todos os dias desta semana; você ama o trabalho mais do que a mim”, ele está dizendo que sua necessidade de contato íntimo não está sendo atendida.
Quando expressamos nossas necessidades indiretamente, através do uso de avaliações, interpretações e imagens, é provável que os outros escutem nisso uma crítica e, por isso, tendem a investir sua energia na autodefesa ou no contra-ataque. Em vez disso, quanto mais diretamente conseguirmos conectar nossos sentimentos a nossas próprias necessidades, mais fácil será para os outros reagirem a estas com compaixão.
Infelizmente, contudo, a maioria de nós nunca foi ensinada a pensar em termos de necessidades. Estamos acostumados a pensar no que há de errado com as outras pessoas sempre que nossas necessidades não são satisfeitas. Assim, se desejamos que os casacos sejam pendurados no armário, por exemplo, podemos classificar nossos filhos de preguiçosos por deixá-los sobre o sofá.
Marshall nota em sua experiência que no momento em que as pessoas começam a conversar sobre o que precisam, em vez de falarem do que está errado com as outras, a possibilidade de encontrar maneiras de atender às necessidades de todos aumenta enormemente. Se não valorizarmos nossas próprias necessidades, é difícil que os outros o façam.
Pode ser assustador buscar essa valorização num mundo onde somos, com frequência, julgados por identificarmos e revelarmos nossas necessidades. As mulheres, em especial, estão sujeitas a críticas. Durante séculos, a imagem da mulher amorosa tem sido associada ao sacrifício e à negação de suas próprias necessidades, com o objetivo de cuidar dos outros.
Devido ao fato de as mulheres serem socialmente ensinadas a considerar o cuidado com os outros como sua maior obrigação, elas muitas vezes aprenderam a ignorar as próprias necessidades. Por ter medo de pedir o que precisa, uma mulher pode simplesmente deixar de dizer que ela teve um dia cheio, está cansada e gostaria de ter algum tempo à noite para si mesma.
Lista de Necessidades
Honestidade Conexão Ordem Autenticidade Empatia Expressão espiritual Integridade Aceitação Lazer Presença Pertencimento Diversão Autonomia Cooperação Humor Escolha Comunicação Facilidade Liberdade Interdependência Variedade Espaço Comprometimento Ar Espontaneidade Coerência Água Expressão Reconhecimento Alimento Significado Respeito Movimento Compreensão Segurança Descanso Celebração Estabilidade Sono Clareza Apoio Expressão sexual Contribuição Suporte Abrigo Sentido Afeto Toque Luto Conforto Saúde Inspiração Confiança Realização Sustentabilidade Evolução Proteção Esperança Paz Aprendizado Beleza Desafio Comunhão Descoberta Bem-estar Criatividade Equidade Valorização Harmonia Crescimento Inspiração