Necessidades não atendidas
Nossos conflitos surgem de necessidades não atendidas. Marshall Rosenberg diz que “toda violência é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida”. Isto quer dizer que sempre que agimos de maneira a magoar ou machucar alguém, estamos tentando satisfazer alguma necessidade, mas não sabemos bem qual é esta necessidade e nem como fazer isto. Os vícios, traições e outros males podem surgir também de necessidades não atendidas, sendo reconhecidas ou não por nós.
Baseado no princípio de que toda violência é resultado de uma necessidade não atendida, Marshall Rosenberg demonstra como podemos criar diálogos estruturados que identifiquem melhor nossas necessidades não atendidas e os sentimentos que discorrem disso.
A partir dessa identificação mais clara, podemos então agir para sanar nossas necessidades, chegando a um denominador comum mais empático, mesmo que esse denominador seja uma discordância pacífica. De forma mais ampla, a teoria da CNV trabalha em três grandes dimensões: a "CNV" falar, ou seja, como expressamos nossas necessidades e sentimentos; a "CNV" ouvir, ou seja, a maneira como ouvimos o outro e identificamos suas necessidades e sentimentos; e a "CNV" auto dialogar, ou seja, a forma como estruturamos e mantemos nossos diálogos internos.
Violência
A CNV acredita que toda forma de comunicação humana tem por objetivo demonstrar necessidades universais. Ou seja, que existe uma reivindicação por trás de cada mensagem que emitimos, mesmo que esteja encoberta por gritos, ofensas, julgamentos e agressões verbais ou físicas. Em geral, essa violência é resultado de imposições da cultura dominante, que gera ambientes com grande pressão pelo poder e competitividade. Diante desse cenário, o mais comum é que as pessoas reajam de um jeito negativo, tentando se defender e mascarar suas falhas.