Aprender com quais pessoas temos liberdade para falar quais assuntos é uma das muitas lições da vida. Nem sempre quem está nos ouvindo está bem intencionado, e, às vezes até esteja, mas por ingenuidade acaba repassando nossa informação adiante para quem não está.
Compartilhar informações pessoais, abrir a sua vida para teceiros é algo de altíssima relevância e precisa ser feito com cautela e zelo, com grande cuidado, preocupando-se para evitar danos. No caso, danos a si próprio.
Além de falar de si, tecer comentários sobre terceiros ausentes da conversa também é complicado. Não temos como saber a opinião de quem nos ouve acerca desta pessoa e nos falta compreensão para ter um panorama geral sobre a visão dela em relação ao assunto tratado.
Aqui pode ser gerada ainda mais confusão, pois além de potencialmente prejudicar este terceiro que nem na conversa está e nada tem a ver com o momento, novamente, pode-se voltar algo contra você próprio. Podem surgir julgamentos e críticas acerca de você, por divergência de opinião sobre o assunto e/ou sobre o indivíduo ausente da conversa.
Em linhas gerais, conversar sobre o presente, de forma positiva e alegre é uma forma de se blindar destes riscos. No mais, evite falar de si e evite mais ainda falar de outrem. Por vezes, pensamos conhecer quem nos ouve, mas de fato, muito pouco sabemos. A intenção externalizada pode ser o oposto da escondida internamente; traumas do passado geradores de cicatrizes profundas geralmente não são vistos superficialmente.
Projetos embrionários em relação a trabalho, saúde, relacionamentos, enfim, todo e qualquer campo, podem ser findados antes mesmos de germinarem, pois ao não estarem ainda bem regados, bem consolidados, estão sujeitos a serem levados embora por uma brisa de inveja, ciúmes, ódio. Orai e vigiai. Ontem, hoje e amanhã.