02 Jul
Paixão e Amor

É comum confundirmos os dois, não saber se estamos apaixonados ou de fato, amando. Por senso comum, achamos que as famosas borboletas no estômago são algo positivo, encantador, uma confirmação da nossa escolha, quando na verdade chega a beirar o oposto.

Amor é leve, livre, sutil, aonchega e permite, é ouvir o outro, estar presente, fiel, leal e acima de tudo, repleto de respeito. Simplificamos o amor com dar presentes, falar eu te amo, sair para jantar uma vez ao mês, sim, tudo isso pode ser amor, como pode não ser.

Amor é muito mais a intenção que colocamos por trás, aliado à conexão entre as pessoas, somado ao desejo de ambos estarem ali, presentes, naquele momento. Nada além do momento presente deve importar quando duas pessoas que se amam estão confraternizando.

Amor exige tempo, escolhas, talvez até sacrifícios (os famosos desapegos), ora ou outra também é essencial formar novos hábitos. Mas, antes de qualquer coisa, amor começa de dentro, com nós próprios, afinal de contas, só podemos dar aquilo que temos, certo?

Relações, independente se for amizade, amorosa ou familiar, formadas sem a concepção de amor próprio, tendem fortemente a caminhar para linhas de apego e conversar bem de pertinho com o egoísmo. Começa-se a impor certas condições para "amar" a outra pessoa, se ela for a, b ou c, eu amo, se ela fizer x, y ou z, eu a amo, do contrário, não.

Amor não é tentar moldar o outro, não é tentar mudar o seu passado nem forçar mudanças para o futuro. Enfim, uma relação que esfria dentro de um curto tempo, muitas vezes, foi apenas paixão, reações hormonais, empolgação do novo, das descobertas, obra do acaso.

Afinal de contas, paixão é acaso, amor é escolha e construção.