O pensamento sistêmico é uma nova forma de abordagem que compreende o desenvolvimento humano sobre a perspectiva da complexidade. Para percebê-lo, a abordagem sistêmica lança seu olhar não somente para o indivíduo isoladamente; considera também seu contexto e as relações aí estabelecidas.
Pensar sistemicamente exige uma nova forma de olhar o mundo, o homem, e consequentemente, exige também uma mudança de postura por parte do cientista. Postarua esta que propicia ampliar o foco e entender que o indivíduo não é o único responsável por ser portador de um sintoma e sim que existem relações que mantém este sintoma.
Para exemplificar, é possível observar no funcionamento da família como um comportamento afeta e é afetado pelo outro, então se pode falar em co-participação e co-responsabilidade. O sintoma que o indivíduo apresenta é resultante do material patogênico da família, se esta não funciona de forma saudável.
Quanto aos campos morfogenéticos, a palavra morfo ou "morpho" vem do grego: forma. Já o termo "genética" é oriundo da palavra gênse, o que denota origem. Assim, os campos morfogenéticos podem ser entendidos como ordens e estruturas que dão forma aos padrões de comportamento. Esta teoria defende que todas as coisas possuem uma auto-organização determinada por seus próprios modelos estruturais.
Estes campos mórficos são meios pelos quais circulam não energia, mas informações, ou seja, por onde comportamentos característicos são disseminados através do tempo e do espaço. Não são campos físicos ou estáticos, uma vez que são invisíveis e mutáveis e que possuem intensidade própria, pois não perdem força mesmo depois de sua criação.
Deste modo, Rupert defende que tanto pessoas, animais como plantas podem adotar determinados padrões comportamentais sejam estes bons ou ruins, herdados de gerações anteriores, podendo perpetuá-los para as gerações seguintes.
Segundo o especialista em biologia holística, em se tratando de moléculas, ideias, cristais e sociedades, isso ocorre porque há um tipo de memória presente nestes campos morfogenéticos, advinda do passado e que estimula a propagação de comportamentos dentro destes ambientes auto-organizados. Ainda, de acordo com o especialista, este processo de herdar memórias inconscientes também pode ser chamado de Ressonância Mórfica.
"Os Campos Mórficos funcionam modificando a probabilidade de eventos puramente aleatórios. Em vez de uma grande aleatoriedade, de algum modo eles enfocam isto, de forma que certas coisas acontecem em vez de outras. É deste modo como eu acredito que eles funcionam", destacou Rupert Sheldrake em seu livro: Uma Nova Ciência da Vida, lançado em 1981.
O que isso quer dizer? Podemos entender que etas informações disseminadas de gração em geração nos ajudam a compreender os seus processos atuais de forma mais assertiva e não meramente especulativa ou aleatória. Este conhecimento traz maior compreensão a respeito dos padrões comportamentais dos organismos vivos, o que ajuda a prever com mais fidelidade suas ações, seus resultados e seus hábitos.