Geralmente damos um presente na expectativa da pessoa fazer uso, esperando um retorno positivo, um agradecimento. Assim, corremos o risco de nos frustarmos com algo que está distante do nosso controle, seja um perfume, uma peça de roupa, uma lembrança de ponto turístico.
A reação do outro e o gosto está longe do nosso alcance. O presente, por outro lado, quando entregue de coração aberto e sem esperar nada em troca, nenhum retorno, apenas o estado de presença em estar ali, junto, participando do momento a ser celebrado, jamais causará frustrações.
Quando pensamos com carinho antes de presentear alguém e o fazemos sem a exigência do retorno positivo, naturalmente ele será bem aceito. É óbvio que não estamos entregando algo para ser deixado de lado, mas a serventia dele, o momento em que será utilizado, não nos cabe decidir.
Às vezes será repassado adiante, em outras usado de imediato. Às vezes acertaremos em cheio, em outras a pessoa correrá para trocar. O fato é que quanto mais nos conectamos com nós mesmos, quanto mais conscientes estamos, mais êxito teremos em nossas ações, mais bem recebidas nossas lembranças serão.
Pois, estaremos dialogando coração com coração, realidade com realidade. E não mais imersos em ilusões, caindo em achismos do que fulano gosta ou prefereria receber. Quando conectados ao coração, acertamos aquilo que o outro necessita.
Cedo ou tarde terá serventia. E você, sem expectativa alguma, ficará muito grato pela oportunidade em servir ao próximo. No mínimo detalhe que seja. Lembrando sempre, que o melhor presente que existe, aquele que nunca erra e recusa trocas e/ou devoluções, não é material, é sua própria presença.