Final de semana estava lavando meu abençoado carro e me veio um insight. Ele tem alguns arranhões e tinha um tempo que não o lavava, havia acumulado bastante sujeira.
Pois bem, conforme ia limpando, percebia a sujeira saindo e voltavam a aparecer alguns arranhões que eu já nem lembrava existirem. E eu pensei comigo mesmo: "nossa, é parecido com o ser humano, precisamos tirar a sujeira superficial para conseguirmos visualizar as cicatrizes mais profundas."
Fez e faz muito sentido para mim, começamos nosso processo de cura transmutando/retirando primeiramente aquilo que está mais na superfície, mais visível e palpável a nós. Isso nos modifica, nos fortalece e começa a moldar um pouquinho melhor quem somos.
Depois, quando estamos ficando já cansados e pensando "Nossa, isso não vai terminar nunca? Quanta coisa". Percebemos que não, porque muitas vezes aquilo que está superficial é originário desta vida e, devido ao nosso apego, falta de perdão e dificuldade em sermos gratos, é trabalhoso e demorado para ser dissipado.
E conforme nos aproximamos de finalizar esta etapa, nos damos conta que temos diversas cicatrizes originárias de outras vidas, inúmeras delas. Vamos acessando-as e então passamos a transmutar essas agora.
Mas novamente, cansativo, trabalhoso, enfim, esta forma de caminhar rumo à uma vida mais consciente, livre, alegre, amorosa, limpando seus traumas, dores, "sujeiras", é um pouco dolorida, não é? Um outro caminho me parece mais leve, mais humano.
Simplesmente você precisa se elevar. Eleve sua vibração. Faça coisas que animem você. Conecte-se com você mesmo através de fazer o que você gosta. Passe mais tempo em contato com a natureza. Exercite-se. Hidrate-se. Alimente-se bem, cuidando do seu corpo físico.
Esse processo, alinhado com a intenção genuína de querer melhorar, de querer ser mais humano, melhor, mais amoroso, mais abundante, desencadeará uma série de processos. Toda cura, transmutação, limpeza acontecerá sem que você precise encarar, bater de frente, reviver a dor, os traumas e sofrimentos.
Colocando-se aberto, em estado de graça, disposto a perdoar, vivendo o presente, o aqui e agora. Esta forma parece mais agradável.
Achamos que conhecemos nossos eventuais erros, defeitos e problemas. A verdade é que não fazemos a mínima ideia.