Vicissitudes

Nem sempre nossas vidas trilham caminhos planejados por nós, por mais esforço e organização que possamos centralizar nesta direção, por vezes tomamos rumos diferentes. Instaneamente nos condenamos, pensamos onde erramos, buscamos motivos e razões para a aparente falha em nossa empreitada.

Todavia, aquilo que queremos para nós nem sempre é o que precisamos. Quanto mais conectados com o divino, com a espiritualidade, mais adentraremos o campo do "precisar" e menos do "querer", pois, mais firmes e centrados em nossa evolução, em nossos aprendizados à nível de alma, estaremos.

Bagagens, por vezes de outras existências, trazidas e que necessitam de um ou outro ajuste para aí então, continuarmos. Situações onde a compreensão virá somente lá na frente, ou quiçá nem isso, todavia, nossa fé quando fortalecida, poupa nosso tempo preocupando-nos com estes meros detalhes.

As surpresas que mudam o curso das coisas são vistas com outros olhos ao termos dentro de nós a certeza da guiança divina, a certeza de estarmos dando o melhor que podemos com aquilo que temos. A tranqulidade de estarmos agindo, na medida do possível, com amorosidade, compaixão e diplomacia, e o acolhimento de sentir a presença do divino em nosso peito.

Desta forma, não há obstáculo tamanho que nos impeça de seguirmos em direção à ascensão, à felicidade, abundância, enfim, de nutrirmos a nossa alma contínuamente. Desfrutando e aproveitando sim do caminho, pois humanos estamos, encarnados na fisicalidade, com vontades e desejos que, na medida do possível, dignos de um agrado aqui e outro ali, não vivendo apenas de deveres e obrigações, não vivendo com um "peso" autoimposto sobre nossos ombros.

Afinal, viemos experienciar a densidade da Terra, levando sim a nossa luz por onde estivermos, mas não vivendo à margem da sociedade, muito pelo contrário, inserindo-nos nela. Estando no mundo, sem ser do mundo, sem se contaminar com a densidade daqui, sem perder o controle do nosso campo, densificando-o, abaixando nossa vibração para pertencer ao mundo; mas sim, mantendo-nos elevados, amorosos e respeitosos, facilitando assim o processo dos demais para também elevarem-se na consciência crística.